A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente a primeira insulina de aplicação semanal do mundo, denominada Awiqli, desenvolvida pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk. Este medicamento representa um avanço significativo no tratamento de adultos com diabetes tipos 1 e 2, permitindo a redução de sete aplicações semanais para apenas uma.
A aprovação baseou-se nos resultados do programa de ensaios clínicos ONWARDS, que demonstraram a eficácia do Awiqli no controle dos níveis de glicose em pacientes com diabetes tipo 1, alcançando controle glicêmico comparável ao das insulinas básicas de aplicação diária. Pacientes que utilizaram a insulina icodeca mantiveram níveis adequados de glicemia ao longo da semana com uma única injeção.
Nos estudos, a insulina semanal também demonstrou segurança e controle glicêmico eficaz em pacientes com diabetes tipo 2, comparável ao das insulinas basais diárias. O Awiqli permitiu um controle estável da glicemia ao longo da semana com uma única injeção semanal, sendo eficaz em pacientes com diferentes perfis, incluindo aqueles com disfunção renal. Em ambos os casos, a segurança foi um fator determinante, e o Awiqli não demonstrou aumento significativo de eventos adversos graves, incluindo hipoglicemia.
De acordo com Priscilla Mattar, vice-presidente da área médica da Novo Nordisk no Brasil, a introdução do Awiqli no país oferece uma solução inovadora, simplificando o tratamento do diabetes e proporcionando mais qualidade de vida e autonomia aos pacientes.
Além do Brasil, a insulina semanal já foi aprovada para adultos com diabetes tipos 1 e 2 pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e em países como Austrália, Suíça, Alemanha, Japão e Canadá. Na China, a medicação foi aprovada para o tratamento de diabetes tipo 2 em adultos. A Novo Nordisk também solicitou aprovação à Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos.
Atualmente, não há data prevista para o lançamento do Awiqli no mercado brasileiro, uma vez que o medicamento ainda precisa passar pelo processo de precificação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).